Chegamos ao último dia de congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na cidade de Curitiba. Apesar do frio, os congressistas chegaram cedo para aproveitar o altíssimo nível das discussões no período da manhã.
Na sala Carlos Gomes, o dia começou agitado com o tema Inovação em Cardiologia Intervencionista. Destaque para o tema: suporte vascular bioabsorvível (BVS), com exposições à favor e outras desacreditadas, estimulando os painelistas a discussões a respeito do futuro da tecnologia e aos aspectos técnicos para a otimização dos resultados no futuro.
Após, tivemos o simpósio APIC/SBHCI sobre síndrome coronária aguda, que foi prestigiado por muitos dos congressistas que tiveram a oportunidade de ver e comparar o panorama do IAM no Brasil e em Portugal, assim como discutir sobre a angioplastia primária e antiagregantes plaquetários.
Paralelamente, ocorria na sala Mozart discussão de casos complexos no modelo “como eu fiz” e “como eu faria” sobre lesões de tronco de coronária esquerda, multiarteriais diabéticos e oclusões crônicas, também de grande interesse para o público do congresso. Casos complexos sobre TAVI, MitraClip e oclusão de apêndice atrial esquerdo deram sequência na programação desta prestigiada sala.
Farmacologia adjunta foi tema da sala Beethoven que abordou o uso da dupla antiagregação plaquetária na Síndrome coronariana aguda, o uso combinado de anticoagulante com antiplaquetário nos casos de pacientes com fibrilação atrial e em casos específicos como na oclusão do apêndice atrial esquerdo, TAVI e oclusão de forame oval patente.
Também tivemos a apresentação de casos editados na sala Bach, evolvendo discussões sobre a oclusão percutânea de CIA e suas peculiaridades, além de um importante tema na cardiopatia congênita, que é a oclusão do tronco da artéria pulmonar após a cirurgia de Fontan.
Na sala Vivaldi ocorreu uma excelente sessão de Dissecção Espontânea de Coronária (SCAD) com demonstração de 9 casos clínicos, discussões sobre diagnóstico, manejo e tratamento, além do importante Registro Brasileiro de SCAD – SCALIBUR.
Durante toda a manhã os participantes puderam presenciar as discussões sobre os temas livres que aconteceram na sala Beethoven e principalmente na sala Bach.
Destaque na programação deste ano, foi o Simpósio de Cardiologia Intervencionista para auditores, que abordou as indicações, materiais utilizados e detalhes técnicos dos procedimentos mais realizados em Cardiologia Intervencionista.
Importante ressaltar que durante todo o congresso tivemos uma sala exclusiva da enfermagem com temas relevantes, como a retirada de introdutores, papel da equipe de enfermagem nas intervenções em cardiopatias estruturais, cardiopatias congênitas, métodos de imagem e fisiologia, assim como aspectos de segurança e gerenciamento de risco.
Encerramos mais uma cobertura do Congresso SBHCI 2018 com chave de ouro. Um congresso marcado por alto nível científico, presença de renomados convidados internacionais, transmissão de casos ao vivo e editados. Em 2019, o congresso da SBHCI ocorrerá em São Paulo, juntamente com o congresso da SOLACI e as expectativas são as melhores possíveis.
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